Intervenções

O PS recusou todas as propostas do PCP de aumento do SMN

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados,
Senhores membros do Governo,
Senhor Ministro da Economia,

Quero ir direto ao assunto da economia, das empresas e dos salários. Há um facto indesmentível: as micro e pequenas empresas são as que mais vivem do mercado interno, do rendimento disponível das famílias, e por isso precisam mesmo do aumento dos salários, incluindo o Salário Mínimo Nacional.

Por uma resposta global aos problemas da juventude e do País

Os jovens não são um artifício retórico. Os jovens precisam e o país precisa dessa resposta global aos seus problemas e é isso que o PCP tem tentado que o governo perceba.

Os jovens que precisam de poder estudar e formar-se têm de ter acesso ao ensino superior, o país precisa de mais gente qualificada e de mais ciência e tecnologia. O país precisa de acabar com os entraves que são as propinas, as bolsas insuficientes ou a falta de alojamento, tal como o PCP propõe. A recusa do governo em chegar-se à frente nestas questões significa futuros comprometidos e significa atraso para o país.

O PCP não prescinde de lutar, seja em que circunstâncias for, por essa resposta de que o País necessita

Senhor Presidente
Senhor Primeiro-Ministro e demais membros do Governo,
Senhoras e senhores deputados,

A resposta global aos problemas nacionais, aos problemas que pesam na vida dos trabalhadores e do povo, não pode ser adiada.

Para o PCP, a questão que esteve sempre colocada foi se este Orçamento, e o quadro de opções políticas em que ele se insere, abre ou não perspetivas para a superação desses problemas.

Foi sempre e continuará a ser esse o sentido da intervenção do PCP.

A recusa do Governo em dar a resposta que se impõe avoluma os problemas os trabalhadores e a sua desprotecção social

Senhor Presidente,
Senhor Primeiro-Ministro,

O PCP tem apresentado e defendido soluções para que a resposta aos problemas dos trabalhadores seja concretizada.

É urgente uma efectiva valorização dos trabalhadores da Administração Pública que levam já 11% de perda do poder de compra com os seus salários congelados.

Foram considerados imprescindíveis, foram aplaudidos, foram-lhes exigidos esforços adicionais no combate à crise sanitária. E nem o Orçamento nem os compromissos do Governo lhes dá resposta na valorização dos seus salários e das suas carreiras.

Recusar as soluções do PCP é afastar jovens da docência e o agravar o problema da falta de professores e professores qualificados

Senhor Presidente,
Senhor Primeiro-Ministro,

A Escola Pública precisa de professores qualificados, valorizados e em número adequado para que se possa diminuir o número de alunos por turma e para que nenhum aluno fique sem professor a alguma disciplina.

Custos com a energia e combustíveis: é preciso alívio fiscal e mexer nas margens e nos preços máximos

Senhor Primeiro-Ministro,

O PCP tem trazido à discussão soluções para a intervenção do Estado nas empresas e sectores estratégicos, em especial soluções para os custos com a energia e os combustíveis.

A lógica especulativa que está por detrás dos aumentos dos preços da energia e dos combustíveis podia ser resolvida se o Estado tivesse o controlo sobre este sector estratégico.

Se o Estado tivesse em mãos uma empresa como a Galp poderia intervir no mercado, determinando um preço ao qual os restantes concorrentes teriam de se adaptar.