Intervenções

É inconcebível que o governo do PS opte por não resolver os problemas da Escola Pública!

Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sras. e Srs. Deputados,

O Governo veio a este debate como se o início do ano letivo estivesse a correr belissimamente. Mas não está! não tem qualquer correspondência com a realidade, só mesmo na retórica do Governo. Como pode estar tudo bem quando há mais de 90 mil estudantes sem professor a todas as disciplinas? Ou como pode estar tudo bem quando há estudantes do ensino superior que não encontram quarto, porque os custos são incomportáveis?

O Governo PS sacrifica a vida dos jovens estudantes em nome das contas certas

Queria começar por dizer que era absolutamente dispensável o tom que o senhor ministro  aqui utilizou para falar sobre uma situação que é absolutamente urgente, preocupante e em que o Governo não está a conseguir limitar os problemas, não está a mitigá-los.

São urgentes medidas de defesa da Escola Pública

Uma vez mais, numa preocupante recorrência de falta de medidas em defesa da escola pública, o ano lectivo iniciou-se com uma gritante falta de docentes: 92 mil estudantes dos ensinos básico e secundário estão sem os professores todos. 

A situação agravou-se, ferindo o núcleo essencial de garantias de uma escola pública de qualidade, que promova a equidade e o desenvolvimento das crianças e jovens.

Os donos e os administradores dos bancos continuam a ganhar com os sacrifícios do Povo

Face às medidas agora anunciadas pelo Governo, sobre as prestações e os juros do crédito à habitação, quem irá certamente aplaudir e agradecer estas decisões são os donos e os administradores dos bancos, que continuam a ganhar com os sacrifícios do Povo.

São medidas insuficientes, injustas e, face a 10 aumentos consecutivos das taxas pelo BCE, são também decisões que chegam tarde.

O debate sobre o «Estado da União» constituiu um exercício de auto-elogio sem qualquer correspondência com a realidade concreta da vida das pessoas

Sr. Presidente,

Sistematicamente o denominado debate sobre o Estado da União constitui um exercício de autoelogio das políticas e opções da União Europeia pelos seus dirigentes, sem qualquer correspondência com a realidade concreta da vida das pessoas. Falam de prosperidade, mas o que há são mais desigualdades e injustiças e menos perspetivas para os jovens.

O decreto «+ Habitação» está globalmente concebido enquanto instrumento de favorecimento da especulação imobiliária e financeira

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados,

Desde que o Governo apresentou esta proposta batizada de “Mais Habitação”, o PCP manifestou a sua frontal discordância face às opções políticas desastrosas e aos interesses que veio (mais uma vez) privilegiar. Mas as nossas razões para essa discordância – e para o voto contra do PCP – face a esta proposta do Governo não são as mesmas razões que levaram ao veto do Presidente da República.