A situação das MPME é extremamente preocupante. Muitas ainda não recuperaram a atividade económica na sequência da epidemia e já estão a sentir os aumentos especulativos dos fatores de produção, decorrente do aproveitamento dos grupos económicos, a propósito da guerra e das sanções.

A votação que acabou de ocorrer no plenário da Assembleia da República introduz um precedente muito grave e revela também que sempre que haja uma norma neste Regimento, que por alguma razão, não seja conveniente à maioria absoluta do Partido Socialista, ela deixa de ser cumprida. E este facto é um aspecto de enorme gravidade no funcionamento da Assembleia da República.

A escalada inflacionista, o brutal aumento do custo de vida e o claro risco de agravamento das desigualdades e aumento da pobreza exigem medidas que lhes façam frente.

Nos últimos anos, a insistência e intervenção do PCP permitiram pôr fim a cortes nas pensões e reformas e garantir aumentos extraordinários consecutivos.

À brutal carência de professores que se evidencia de dia para dia (e para a qual o PCP vinha alertando há anos), e sem prejuízo de medidas estruturais, é preciso responder com medidas urgentes que travem já este problema.