Intervenções

Em 2019 a lei que se dizia a favor da transparência, não trazia afinal transparência nenhuma!

Antes de entrarmos na posição de fundo que o PCP tem – e que, como é sabido, é de oposição à legalização do lobbying, é preciso recordar a última vez que houve esta discussão sobre a legalização do lobbying, em 2019.

Em 2019, o que levou à devolução do decreto pelo PR foi o facto de os proponentes não se entenderam sobre aspetos fundamentais. 

Querem a legalização do lobbying, passando uma esponja sobre a promiscuidade entre o público e o privado

Com este agendamento, o Chega faz um enorme favor ao sistema.

Sim, ao sistema de interesses privados que vivem à custa da promiscuidade entre o público e o privado, o mesmo que financia o Chega, e que tem todo o interesse em que, a propósito das investigações judiciais em curso, se discuta tudo menos a causa de fundo da promiscuidade.

Querem que se discuta a legalização do lobbying, passando uma esponja sobre o que promove as situações de promiscuidade. 

A realidade põe em evidência a falsidade do discurso do Chega contra os imigrantes

O Chega quis um debate de urgência sobre política de imigração. Poder-se-ia dizer que é um debate oportuno.

É um debate oportuno porque esta semana foram divulgados dados oficiais que referem que os imigrantes deram, neste último ano, 1600 milhões de euros de lucro à Segurança Social por via dos descontos que fizeram e contribuem para resolver problemas muito sérios de falta de mão de obra em setores como a agricultura, a hotelaria e a construção civil.

«Como podem as mais jovens gerações ambicionar um futuro no país se o cenário de precariedade e baixos salários se mantém?»

Apesar de tantas vezes falados nos discursos, como a suposta geração mais qualificada de sempre, os jovens continuam a viver pior.

Portugal apresenta taxas de desemprego jovem muito elevadas e simultaneamente o emprego criado é em grande medida precário. 

Mais de um terço dos jovens tem um vínculo precário, nos jovens até aos 25 anos é mais de metade!

«O trabalho noturno tem de ser a excepção e não a regra»

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados,

Esta manhã o meu camarada Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP, esteve – mais uma vez – junto dos trabalhadores, na ação que constantemente realizamos nas empresas e locais de trabalho. A jornada de hoje começou no Carregado, concelho de Alenquer, na fábrica da Matutano.

«O PCP não desiste e insistirá, as vezes que for preciso, para defender e conquistar direitos laborais e para elevar as condições de vida»

Neste debate, o PCP trouxe iniciativas cruciais para valorizar o trabalho e os trabalhadores, revogar normas gravosas da legislação laboral, reforçar direitos e aumentar salários.

No confronto entre os interesses dos trabalhadores e os interesses do patronato, PS, mas também o PSD, o CDS, a IL e o CH, optam sempre pela defesa dos interesses do patronato, deixando claro a natureza das suas opções políticas.