Internacional

Cimeira da Guerra nos Açores - Mais um chocante acto de subserviência

A realização, em território nacional, no próximo domingo, de uma Cimeira visando concertar o desencadeamento da guerra «preventiva» e unilateral dos EUA contra o Iraque, reunindo Bush e as suas principais marionetes europeias, constitui mais um chocante testemunho da subserviência e seguidismo do Governo português e do seu envolvimento político na preparação da agressão ao Iraque.

Paz sim, guerra não!

[Extratos]

(...)Paz sim, guerra não!

As questões da paz e da guerra atingem nestes tempos uma dimensão que pode vir a ser trágica.

Bush tem vindo a deixar cair todas as máscaras.

Agora a questão já não se trata do desarmamento do Iraque mas sim de correr com o regime iraquiano, ocupar o Iraque e instalar no seu lugar um dirigente fiel e maleável.

Todos juntos contra a Guerra

Os Equívocos da Guerra!»

Às manifestações contra a guerra que há oito dias mobilizaram milhões em todo o mundo seguiram-se vários equívocos que importa registar.

Durão Barroso, por exemplo, “atirou-se” aos manifestantes porque estão a apoiar Saddam Hussein e o seu regime. Provas supremas para esta tese? Pois, a deslocação de euro deputados e sindicalistas portugueses a Bagdad, umas quantas bandeiras iraquianas que apareceram na “manif”, e ainda – sacrilégio supremo – a ausência de críticas ao ditador iraquiano.

«Democracia»

1. Os organizadores da manifestação pela paz debateram quem seriam os oradores desse dia 15. Surgiram pontos de vista diferentes, discutiu-se, concluiu-se, chegou-se a acordo. A democracia funcionou.

2. A manifestação foi promovida por um vasto leque de organizações e personalidades. Cada uma com a sua identidade própria, as suas especificidades próprias, os seus símbolos próprios. Cada pessoa, individual ou colectivamente, foi à manifestação da forma que entendeu. A democracia funcionou.

«A manifestação»

O prof. Freitas do Amaral não foi à manifestação pela paz. O PS do dr. Ferro Rodrigues também não.

O prof. Freitas do Amaral entendeu que a manifestação fora partidarizada. Em seu entender, tal sucedeu porque houve partidos que a apoiaram. Essencialmente, claro, o PCP.

O PS do dr. Ferro Rodrigues também não foi. As explicações são mais embrulhadas, mas, parece, queria evitar que a manifestação - fosse partidarizada!

Em resumo, não foram.

Percebe-se o prof. Freitas.

«A paz é essencial ao desenvolvimento»

Foi numa missão de luta pela defesa da paz, contra a guerra e o embargo, que integrámos a delegação ao Iraque com mais de trinta deputados do Parlamento Europeu, de onze países e quatro diferentes grupos políticos.

«A mão da morte e o ridículo doméstico...»

Os ponteiros da contagem decrescente, dos dias que faltam, cada vez ecoam com mais força nas nossas consciências : 21, 20, 19 ,18, ..

Colin Powell apresentou “ provas” ao Conselho de Segurança. Ninguém o levou a sério. Tudo está preparado e há muito decidido. As despesas já feitas com a deslocação de muitos milhares de homens e meios para a região não parecem comover-se com as manifestações. Mas vamos continuar. Dia 15 encontramo-nos no Largo de Camões.

«Maioria»

A sondagem ontem divulgada pelo DN sobre a opinião dos portugueses quanto à crise do Iraque tem três aspectos que interessa sublinhar.

Primeiro, corresponde, na coerência entre as respostas, aos padrões tidos como credibilizantes deste tipo de inquéritos.

Não se verificam as discrepâncias ou contradições que frequentemente tornam duvidoso que exista uma clara noção e conhecimento por parte dos inquiridos sobre os assuntos sobre que se pronunciam.

«Resumindo e concluindo»

Embora esquecendo-se de dizer em que dia e em que termos, Durão Barroso anunciou na AR na passada quinta-feira, e de forma inteiramente clara, que o seu Governo já tinha autorizado a cedência da Base das Lajes aos EUA.

O anúncio não passou despercebido mas não se perde nada em desvendar melhor o que aquela afirmação verdadeiramente significou.