O PCP considera lamentável e condenável que o Primeiro-Ministro português se tenha associado a uma declaração conjunta de vários primeiros-ministros europeus com o objectivo de pretender isolar as posições assumidas pela França e Alemanha e pressionar o Conselho de Segurança para que venha a agir como mera caixa de ressonância da fúria belicista da Administração Bush.
O PCP sublinha ainda que, embora por razões tácticas, a referida declaração conjunta aparenta remeter o curso das decisões para a ONU e o seu Conselho de Segurança, a verdade é que o conteúdo da declaração tem de ser visto como uma prévia absolvição de uma provável acção unilateral dos Estados Unidos e como uma promessa de cumplicidade dos signatários com a agressão militar que a Administração norte-americana prepara.
O PCP volta a afirmar a sua firme oposição ao envolvimento de Portugal numa escalada de agressão que, visando assegurar o total controlo norte-americano da produção de petróleo no Médio Oriente, só pode conduzir a mais sofrimentos para o martirizado povo iraquiano e a agravar em extremo os factores de tensão e conflito na situação internacional.