Intervenções

PCP questiona Ministro do Planeamento sobre Programa de Estabilidade e Crescimento

Senhor Ministro,

O que se tem passado nos últimos dois meses tem revelado que, nem numa situação de pandemia com graves impactos económicos como a que estamos a viver, a União Europeia consegue disfarçar a sua natureza, que é tudo menos um projeto de solidariedade.

A única resposta concreta da União Europeia e da zona Euro continua a ser empurrar os Estados para mais endividamento, que depois será sujeito às mesmas regras e aos mesmos constrangimentos que levaram no passado aos PEC e ao pacto da troika, de tão má memória para os portugueses.

Por uma rede pública de creches e pela garantia de respostas às famílias

Sr. Presidente,
Srs. Deputados,

É com preocupação que o PCP tem acompanhado a situação das famílias com crianças que frequentam diversos equipamentos de apoio à infância. Às famílias foi colocado, mesmo durante o encerramento dos equipamentos, o pagamento das mensalidades das instituições, ao mesmo tempo que muitas mães e pais trabalhadores perderam o emprego, perderam salário, sentiram aumento das despesas familiares, criando-se dificuldades acrescidas ao pagamento da comparticipação familiar, que em muitas situações é mesmo incomportável.

Nem mais um cêntimo no Novo Banco sem o seu controlo público

No dia 16 de abril, o PCP perguntou, numa audição ao senhor ministro das Finanças, se perante a situação atual, em que os recursos públicos fazem tanta falta no SNS, no investimento público, no apoio à economia e aos trabalhadores, se pretendia manter a transferência de 850 milhões de euros para o Novo Banco.

Disse o Ministro na altura que a transferência fazia-se na mesma, porque os contratos são contratos, e são para respeitar.