Intervenções

Quadro para a análise dos investimentos estrangeiros diretos na União Europeia

Registamos a preocupação da UE sobre a necessidade de proteger empresas estratégicas dentro do espaço da União Europeia. Não deixamos de assinalar uma boa dose de hipocrisia. Com efeito, esta mesma União Europeia, preocupada com o investimento estrangeiro, foi a mesma que obrigou Portugal a vender as suas empresas estratégicas, com particular violência no período da Troika.

Utilização sustentável dos pesticidas

O uso insustentável dos pesticidas está na origem de graves problemas ambientais, de saúde pública e de segurança alimentar.

Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia

É positivo e desejável que se aumente a cooperação no domínio da prevenção e resposta a situações de catástrofe, sobretudo as de grandes dimensões. Essa cooperação pode envolver coordenação de esforços, empréstimo e mesmo partilha de meios.

A União Europeia não tem feito tudo o que podia neste domínio. Veja-se a incapacidade de resposta no auxílio de meios aquando dos incêndios em Portugal em 2017. Também no domínio da prevenção, é com preocupação que constatamos que se pretende desferir mais um corte na verbas para a coesão, de onde saem os recursos para este fim.

Combate à violência exercida sobre as mulheres

A violência doméstica, uma expressão concreta da violência mais geral exercida sobre as mulheres na nossa sociedade, continua a assumir expressões brutais e intoleráveis. Aliás, ela será sempre, em qualquer caso, brutal e intolerável.

Para além do choque e da comoção, suscitados pelo conhecimento público de cada novo caso concreto, é necessário agir.

É necessário agir para prevenir, combater e erradicar.

Plano plurianual para as unidades populacionais de peixes nas águas ocidentais e águas adjacentes, e para as pescarias que exploram essas unidades populacionais

Os planos plurianuais, um dos instrumentos em que assenta a reforma da Política Comum das Pescas de 2012, apresentam como objectivo primordial a manutenção dos mananciais acima dos níveis que permitirão um rendimento máximo sustentável.

Debate conjunto - Aplicação das disposições do Tratado (Carta dos Direitos Fundamentais)

A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia resultou de uma tentativa de dar uma aparência social a um projecto de integração que, pela sua matriz e pelas políticas que prossegue, se revela marcadamente anti-social. Também por isto, este documento constitui um acervo minimalista e redutor face, por exemplo, à Declaração Universal dos Direitos do Homem, a constituições nacionais, como é o caso da Constituição da República Portuguesa ou até face à Carta Social do Conselho da Europa.

Ponto da situação do debate sobre o Futuro da Europa

O suposto debate sobre o futuro da Europa consistiu, na verdade, num debate sobre o futuro de um processo de integração – capitalista – que afronta princípios e valores civilizacionais, resultado da luta dos povos do continente europeu. A União Europeia não é a Europa. O futuro da Europa não se confina aos cenários a que a União Europeia quis circunscrever o debate sobre o seu próprio futuro.

Uma política industrial europeia completa no domínio da inteligência artificial e da robótica

A inteligência artificial e a robótica contribuem para incrementar a produtividade social do trabalho humano.

O aumento da produtividade cria as condições para o aumento real dos salários e para uma vida melhor, mas essa potencialidade é permanentemente posta em causa na sociedade capitalista em prol da defesa e aumento dos lucros.

A apropriação capitalista das novas tecnologias, com a substituição de trabalhadores por máquinas, a competição entre trabalhadores e máquinas, a pressão para a rentabilização dos capitais, impulsiona a exploração e a precariedade laboral.

Acordo de Parceria no domínio da Pesca entre a Costa do Marfim e a UE (2018-2024) (II)

Quero agradecer as várias intervenções e, para terminar, salientar um dos pontos da resolução que amanhã iremos votar.

O Acordo de Parceria no domínio da Pesca entre a UE e a Costa do Marfim, na sua implementação e em eventuais revisões e/ou renovações, deve ter em conta e estar alinhado com os planos estratégicos relevantes, visando o desenvolvimento do sector das pescas costa-marfinense, nomeadamente através:

– Do reforço dos controlos e vigilância da Zona Económica Exclusiva da Costa do Marfim e das medidas para lutar contra a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada;