A inteligência artificial e a robótica contribuem para incrementar a produtividade social do trabalho humano.
O aumento da produtividade cria as condições para o aumento real dos salários e para uma vida melhor, mas essa potencialidade é permanentemente posta em causa na sociedade capitalista em prol da defesa e aumento dos lucros.
A apropriação capitalista das novas tecnologias, com a substituição de trabalhadores por máquinas, a competição entre trabalhadores e máquinas, a pressão para a rentabilização dos capitais, impulsiona a exploração e a precariedade laboral.
Mas as novas tecnologias, em vez de tirarem o trabalho a uns e intensificarem e degradarem o trabalho de outros, poderiam, inversamente, ser utilizadas para uma significativa redução, sem perda de rendimentos, do tempo de trabalho de todos os trabalhadores, reduzindo ritmos de trabalho e reduzindo o desemprego (em vez de o aumentar). Uma redução do tempo de trabalho sem redução do salário nem das prestações sociais, que repartisse a carga de trabalho existente pelo conjunto dos trabalhadores.
Esta é uma luta de grande actualidade.