Intervenções

É hora dos trabalhadores terem direito a mais vida pessoal e familiar

Senhor Presidente,
Senhores Deputados,

Está na hora de os trabalhadores portugueses trabalharem menos horas e menos dias, sem serem penalizados nos seus salários; e na hora de terem direito a mais e melhor vida pessoal e familiar e a retemperarem forças.

Se há uma palavra para definir esta iniciativa do Chega, essa palavra é: fantochada

Se há uma palavra para definir esta iniciativa do Chega, essa palavra é: fantochada.

As pessoas que estão lá fora a ouvir-nos, que o Sr. Deputado André Ventura tanto gosta de invocar, estão a ouvir esta Assembleia a discutir se o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa deve ser condenado a uma pena de prisão entre 10 e 15 anos pelo que disse num almoço com jornalistas.

O Governo PSD/CDS quer, e o mais depressa possível, levar por diante o seu programa ao serviço dos grupos económicos

Senhor Primeiro-Ministro, 

Da nossa parte não temos nenhuma dúvida que quer, e o mais depressa possível, levar por diante o seu programa ao serviço dos grupos económicos.

A estratégia do Governo não deixa dúvidas: aproveitar os problemas que existem, não para os resolver em função das necessidades da maioria, mas para abrir novas oportunidades de negócio para uma pequena minoria.

A reparação histórica que se impõe prosseguir é a da cooperação

Este debate de urgência é mais um não assunto de que o Chega se serve para ter mais umas horas de tempo de antena nas televisões e desviar a Assembleia da República dos assuntos que realmente preocupam os portugueses e que são aqueles com que esta Assembleia se deveria preocupar.

Em todo o caso, e já que este debate foi agendado, importa dizer duas coisas:

Impõe-se salvar o SNS porque é o único que garante a saúde para todos

Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,

A redução da capacidade de resposta do SNS, o ataque aos direitos dos profissionais de saúde e a degradação das suas condições de trabalho, o benefício dos grupos privados da doença, através da captura de uma parcela cada vez maior dos recursos financeiros do SNS, são consequência da política de direita defendida por PS, PSD, CDS, IL e CH.

E tendo em conta o Programa do Governo, os problemas tenderão a agravar-se.