Internacional

«Democracia»

1. Os organizadores da manifestação pela paz debateram quem seriam os oradores desse dia 15. Surgiram pontos de vista diferentes, discutiu-se, concluiu-se, chegou-se a acordo. A democracia funcionou.

2. A manifestação foi promovida por um vasto leque de organizações e personalidades. Cada uma com a sua identidade própria, as suas especificidades próprias, os seus símbolos próprios. Cada pessoa, individual ou colectivamente, foi à manifestação da forma que entendeu. A democracia funcionou.

«A manifestação»

O prof. Freitas do Amaral não foi à manifestação pela paz. O PS do dr. Ferro Rodrigues também não.

O prof. Freitas do Amaral entendeu que a manifestação fora partidarizada. Em seu entender, tal sucedeu porque houve partidos que a apoiaram. Essencialmente, claro, o PCP.

O PS do dr. Ferro Rodrigues também não foi. As explicações são mais embrulhadas, mas, parece, queria evitar que a manifestação - fosse partidarizada!

Em resumo, não foram.

Percebe-se o prof. Freitas.

«A paz é essencial ao desenvolvimento»

Foi numa missão de luta pela defesa da paz, contra a guerra e o embargo, que integrámos a delegação ao Iraque com mais de trinta deputados do Parlamento Europeu, de onze países e quatro diferentes grupos políticos.

«A mão da morte e o ridículo doméstico...»

Os ponteiros da contagem decrescente, dos dias que faltam, cada vez ecoam com mais força nas nossas consciências : 21, 20, 19 ,18, ..

Colin Powell apresentou “ provas” ao Conselho de Segurança. Ninguém o levou a sério. Tudo está preparado e há muito decidido. As despesas já feitas com a deslocação de muitos milhares de homens e meios para a região não parecem comover-se com as manifestações. Mas vamos continuar. Dia 15 encontramo-nos no Largo de Camões.

«Maioria»

A sondagem ontem divulgada pelo DN sobre a opinião dos portugueses quanto à crise do Iraque tem três aspectos que interessa sublinhar.

Primeiro, corresponde, na coerência entre as respostas, aos padrões tidos como credibilizantes deste tipo de inquéritos.

Não se verificam as discrepâncias ou contradições que frequentemente tornam duvidoso que exista uma clara noção e conhecimento por parte dos inquiridos sobre os assuntos sobre que se pronunciam.

«Resumindo e concluindo»

Embora esquecendo-se de dizer em que dia e em que termos, Durão Barroso anunciou na AR na passada quinta-feira, e de forma inteiramente clara, que o seu Governo já tinha autorizado a cedência da Base das Lajes aos EUA.

O anúncio não passou despercebido mas não se perde nada em desvendar melhor o que aquela afirmação verdadeiramente significou.

«Diz a história»

Em 6 de Dezembro de 1925 foi preso em Lisboa Artur Virgílio Alves dos Reis. Era o «caso Angola & Metrópole», a maior burla financeira que o País conhecera.

Inquestionavelmente uma fraude, o «caso» era igualmente um emaranhado político de contornos nunca integralmente esclarecidos. Foi essencialmente uma importantíssima arma do patronato conservador na sua campanha de descredibilização das instituições republicanas, recusa de cumprimentos de imposições fiscais e apelos a soluções políticas autoritárias.

Os anos de 1925 e 1926 foram de grave crise económica, desemprego, fome.

Sobre mais uma atitude de subserviência de Durão Barroso

O PCP considera lamentável e condenável que o Primeiro-Ministro português se tenha associado a uma declaração conjunta de vários primeiros-ministros europeus com o objectivo de pretender isolar as posições assumidas pela França e Alemanha e pressionar o Conselho de Segurança para que venha a agir como mera caixa de ressonância da fúria belicista da Administração Bush.

«Efeitos»

Escreve Helena Matos no Público: «(...) para todos os efeitos, os norte-americanos, ao contrário dos bons europeus, nunca [tiveram] colónias nem impérios» (sublinhado meu).

É um sossego para a História.

Em 1848 os EUA não conquistaram pelas armas ao México a Califórnia e o Novo México.

Em 1898 os EUA não entraram em guerra com a Espanha para fazerem de Cuba um puro protectorado.

Em 1903 os EUA não criaram militarmente a zona do canal do Panamá.

Apelo do PCP: Paremos a guerra antes que comece!

O PCP manifesta a sua mais viva preocupação pela extraordinária gravidade dos declarados propósitos belicistas dos EUA em relação ao Iraque.