Esta resolução sobre a situação na Moldávia, constitui um exercício de hipocrisia, que assente na distorção da realidade, na duplicidade de critérios e inserido na estratégia de confrontação e de guerra dos EUA, da NATO e da UE, visa, a dias de um importante momento eleitoral, condicioná-lo e à decisão soberana do povo moldavo.
A resolução insiste no aprofundamento da política de sanções, que colocam em causa a soberania da Moldávia.
Apela a uma ainda maior mobilização de recursos financeiros para o reforço do militarismo e a indústria da guerra, comprometendo a paz, e que, na Moldávia, como em Portugal, fazem falta à resolução dos problemas concretos das populações e do país.
Apela à aceleração dos procedimentos no quadro do processo de adesão à UE, onde se integram as ditas “reformas sectoriais”, visando a liberalização e privatizações, alinhando a economia e opções da Moldávia à política neoliberal e interesses das potências e grandes grupos económicos da UE.
Sem esquecer a cínica crítica à “interferência russa” na vida política moldava, “má”, por oposição a uma interferência “boa” da UE, promovendo “a melhoria da comunicação estratégica sobre a UE”, apoiando “a literacia” das populações e “independência dos media”, desde que servindo à política da UE e afunilando no pensamento único que promove.