Intervenção de Paula Santos na Assembleia de República

Não há vontade política do PS e dos partidos de direita em enfrentar os interesses da banca e proteger a habitação das famílias

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Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sras. e Srs. Deputados,

O PCP avocou a proposta que cria um regime especial de proteção da habitação das famílias com crédito à habitação.

Mais uma vez PS e os partidos de direita impediram a aprovação desta proposta.

Há agora a oportunidade de emendar a mão e de adotar soluções, com a aprovação da nossa proposta, para evitar que as famílias entrem em incumprimento e para salvaguardar que nenhuma família fica sem a sua casa, face ao acelerado aumento das taxas Euribor, que tudo indica que continuarão a aumentar, num momento em que os salários e as pensões perdem poder de compra todos os dias. 

Muitas famílias fazem contas à vida e não sabem como vão fazer para suportar os aumentos dos encargos com a habitação, ao mesmo tempo que tudo aumenta, a alimentação, a eletricidade, o gás. 

Sras. e Srs. Deputados,

A questão que se coloca é a de saber se há vontade política do PS e dos partidos de direita, em enfrentar os interesses da banca e proteger as famílias, garantindo que nenhuma fica sem a sua casa? Ou se mantêm a subserviência aos interesses da banca, cujos lucros atingiram valores obscenos?

Só nos primeiros nove meses do ano os principais bancos arrecadaram quase dois mil milhões de euros de lucros, cerca de 7 milhões por dia.

Para o PCP é muito claro, o nosso compromisso é com a proteção da habitação das famílias. Quem nos acompanha?

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