Senhor Primeiro-Ministro,
Não é só na recusa das soluções para o SNS que as opções do Governo prejudicam o povo e o País. Também em relação ao aumento do custo de vida as opções do Governo são insustentáveis.
Para não enfrentar os grupos económicos, o Governo recusa-se a tomar medidas de controlo e fixação de preços, permitindo uma espiral de aumentos, incluindo nos bens e serviços essenciais.
Simultaneamente, continua a recusar aumentos de salários e pensões, impondo na prática uma política de perda de poder de compra.
O resultado é óbvio: os grupos económicos acumulam lucros de milhões, e o país sofre com a degradação das condições de vida.
Os aumentos dos combustíveis, em particular, são um escândalo!
Há uns meses, o Governo recusou as soluções de controlo e fixação de preços propostas pelo PCP e anunciou medidas de redução de impostos para enfrentar o problema. Desde então, o Estado terá perdido receita fiscal mas os preços dos combustíveis continuaram a aumentar e os lucros das petrolíferas a multiplicar-se.
Senhor Primeiro-Ministro, quem está a ser atingido pelas opções do Governo são os trabalhadores, reformados e pensionistas, micro, pequenos e médios empresários, agricultores e pescadores, as corporações de bombeiros, as colectividades e instituições sociais. É o país real e a economia nacional que estão a ser sacrificados em benefício dos lucros dos grupos económicos e das multinacionais.
É tempo de o Governo tomar medidas de controlo e fixação de preços e aumentar salários e pensões.
É a urgência da situação que o impõe mas é também o futuro do país que o exige! Não podem ser os mesmos de sempre a pagar e uns poucos a ganhar!