O relatório Draghi revela os planos da União Europeia para acelerar a transferência da riqueza do trabalho para o capital, para favorecer as multinacionais, para concentrar poder de decisão na UE e acentuar os desequilíbrios entre as grandes potências europeias e os países periféricos, para acentuar o militarismo.
Em vez de apontar soluções para a melhoria dos salários, das pensões, da habitação ou dos direitos laborais e sociais, em vez de identificar medidas para apoiar as PME e os sectores produtivos, o relatório Draghi põe a competitividade num pedestal e em nome dela quer privatizar a Segurança Social e entregar as pensões à roleta da especulação dos fundos de pensões internacionais; propõe a suspensão das regras da concorrência para criar grandes grupos monopolistas nas telecomunicações, na energia, na produção de equipamento militar; promove o negócio da doença e os lucros das multinacionais farmacêuticas.
E propõe que sejam os povos a pagar a factura de 800 mil milhões de euros anuais dessa política.
Este relatório dá voz às multinacionais e aos monopólios mas não serve aos interesses dos povos.