Declaração de Paula Santos, Deputada do PCP à Assembleia da República

PS confirma que dá a mão ao governo para salvar o OE que grupos económicos desejavam

PS confirma que dá a mão ao governo para salvar o OE que grupos económicos desejavam

Nesta declaração por parte do Partido Socialista aquilo que nós ouvimos foi de facto muita conversa para no fim deixar passar um Orçamento que não dá resposta aos trabalhadores, não dá resposta ao povo, não dá resposta ao país.
 
Esta é que é a verdade relativamente a esta matéria. 

Bem nos recordamos, de facto, a convergência por parte do Partido Socialista é confirmada agora nesta declaração de, com o PSD e com o CDS. essa convergência no sentido do favorecimento dos grupos económicos, que é o que no essencial consta desta proposta de Orçamento do Estado. 

Ter havido das eleições há pouco tempo a maioria das pessoas. Não compreende esse argumentos por parte de Pedro Nuno Santos? 

Esta tem sido, digamos assim, a pressão e a chantagem que tem sido colocada em cima da mesa. Ou há Orçamento ou há eleições. Ora, nós não aceitamos intervir com base nessa pressão e nessa chantagem, porque está à vista que o resultado é um resultado negativo. E aí está, com esta proposta de Orçamento do Estado em que não dá resposta à emergência do aumento dos salários, em que não dá resposta à necessidade da recuperação do poder de compra por parte dos reformados. ainda hoje que estiveram na rua, exactamente a reivindicar o aumento das pensões e a sua valorização, que não dá a resposta que é necessário ao Serviço Nacional de Saúde, à habitação, à Educação e que tem este aspecto de agravamento da injustiça fiscal. 

Aquilo que Pedro Nuno Santos determinou de facto, é a sua disponibilidade para o agravamento da injustiça fiscal, para a transferência de milhares de milhões de euros do Orçamento do Estado, que devem ser canalizados para a resolução destes problemas e que, desta forma (destes problemas que referi - da saúde, da educação, do investimento na habitação) eu queria deixar muito claro a oposição por parte do PCP em relação à proposta deste Orçamento, por tudo aquilo que ela representa, do que contém e daquilo que não contém e a necessidade, de facto, de reafirmar a necessidade de uma política alternativa, porque o país não está condenado a este caminho que nos querem impor. Há alternativas, há um caminho que é possível de travar. E os portugueses, os trabalhadores, podem contar com a nossa intervenção. Mais salários, mais pensões, investimento nos serviços públicos, nas funções sociais do Estado. E é esse compromisso que assumimos.

O PCP vai intervir, como sempre tem intervindo no debate orçamental com propostas e com soluções concretas. Aliás, esta semana adiantamos já 14 propostas que vão ao encontro destas questões centrais que aqui colocámos e vamo-nos bater por elas, porque sabemos que elas são necessárias, que elas são justas e que elas são possíveis porque há condições económicas para dar concretização e para resolver estes problemas dos salários, das pensões, na saúde, na educação, na habitação. E vamos intervir com essas propostas.

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