Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro,
Os problemas com que o Serviço Nacional de Saúde está confrontado e que resulta das opções de desinvestimento e de desvalorização dos profissionais de saúde, não se resolvem com a redução e encerramento de serviços.
Quem beneficia com a redução da capacidade do SNS são os grupos privados que lucram com o negócio da doença.
O Governo decidiu encerrar algumas urgências de ginecologia/obstetrícia em determinados períodos durante o 1.º trimestre deste ano, admitindo já a possibilidade de retomar no período do verão. Agora afirma ser temporário. E depois? Está a fazer o caminho para que o encerramento seja definitivo?
Nós já vimos este filme! Este foi o caminho encetado num Governo PS com o Ministro Correia de Campos e o resultado foi o encerramento definitivo de maternidades públicas e a abertura de privadas.
Diga lá Sr. Primeiro-Ministro, que medidas está a tomar o Governo para que estes serviços de urgência tenham reforço no número de profissionais de saúde para assegurar o seu adequado funcionamento? Que medidas extraordinárias estão a ser adotadas para fixar ginecologistas e obstetras, enfermeiros e os profissionais necessários no SNS?