É hoje claro que o balanço da política do governo do Partido Socialista na área da saúde se traduziu, por acção e omissão, num enfraquecimento das capacidades e do prestígio do Serviço Nacional de Saúde abrindo caminho a uma maior privatização. É por isso ainda mais estranho o súbito frenesim do governo já demissionário - e do seu ministro da saúde - quer em tentar fazer aprovar alterações de fundo já fora de prazo, quer em tentar passar a imagem de um grande dinamismo na resolução de problemas que até aqui não atacou.

Face a referências feitas na edição de hoje do "Expresso" sobre o PCP, é de salientar o seguinte:

Comité Central do PCP reunido no dia 18 de Dezembro procedeu a uma avaliação dos resultados eleitorais para as autarquias e aos desenvolvimentos que as consequências retiradas pelo partido do Governo da sua leitura introduziram no quadro político actual.

O PCP considera que a decisão de aumento dos preços da electricidade, recentemente anunciada para vigorar a partir de Janeiro de 2002, é uma decisão injusta que vem agravar uma situação inaceitável de penalização dos consumidores domésticos relativamente às grandes empresas, de custos acima dos que são praticados em outros países da União Europeia e de canalização de recursos dos