interpretarem capazmente - informações tem legitimamente sido posta em dúvida. No 11 de Setembro, sabe-se hoje que, mais que qualquer especial capacidade secretiva da Al-Qaeda, subestimaram dados e sua ponderação, concatenação, fiabilidade, exactidão.
Se para a situação contribui a eficácia orgânica e estrutural (ou sua ausência), é indispensável ter em conta que é uma actividade inseparável de critérios políticos: os mesmos factos analisados à luz de um podem levar a conclusões exactas, à luz de outro exactamente oposto.
A própria selecção das fontes igualmente disso depende e o caso do que parece ser o gigantesco embuste Al Chalabi é um excelente exemplo. Assim, a questão não é tanto se foram informações erradas da espionagem que enganaram a Casa Branca ou se foi a orientação política errada da Casa Branca que enganou a espionagem...
Em segundo lugar, e mais inquietante, é a evidente e despudorada manipulação política de dados - ou pseudodados - dos serviços de informação para condicionar a opinião pública e a intervenção democrática.
De Aznar e Atocha a Blair e os famosos «45 minutos», tudo se tem visto. O que, a meses das eleições norte-americanas, coloca sérias apreensões quanto às operações em curso da Administração Bush sobre «ameaças terroristas».