Posições Políticas

Rendimento, emprego e salários

Contrariamente às ideias que nos venderam nos anos 80 e 90 do século passado sobre o “pelotão da frente” da Comunidade Europeia, a convergência dos salários e a coesão económica e social, Portugal está cada vez mais longe dessa realidade, tendo havido antes um agravamento progressivo e contínuo da situação, quer em termos absolutos quer relativos, posicionando-se o país agora atrás de outros que anteriormente apresentavam indicadores mais baixos em várias dimensões.

Roménia? Estónia? Chéquia? E se falássemos dos processos de desenvolvimento espacial desigual à escala europeia?

1 - Das abordagens de “casos nacionais” para uma abordagem do desenvolvimento desigual no espaço da União Europeia

A publicação, no final do ano passado, de uma notícia i com base nas previsões de outono da Comissão Europeia relativas à evolução do PIB pc em paridades de poder de compra (PIBpc, PPC) dos países da UE provocou uma agitação no comentário político e económico nacional.

O círculo vicioso do neoliberalismo na cauda da Europa – o exemplo (des)virtuoso da Roménia

Os sinos do mainstream tocaram a rebate: Portugal é ultrapassado pela Roménia em 2024 no PIB per capita, lançou o Expresso a 24 de Novembro, com base em previsões da Comissão Europeia (em paridade de poder de compra). O presidente da CIP vincou o alarme: «os países do antigo bloco de Leste têm vindo (...) a ultrapassar Portugal». A questão, explicou António Saraiva, é que a generalidade destes países «tem sabido aproveitar os apoios comunitários melhor».

O declínio de Portugal numa UE em rápido, acentuado e longo declínio, e cada vez mais dependente e submissa aos interesses e objetivos dos EUA

A adesão à União Europeia não trouxe nem maior crescimento económico para Portugal nem uma melhor repartição de riqueza criada no país. 

A pressão do receituário neoliberal sobre as políticas sociais e laborais

Boa tarde a todos e obrigada pelo convite.

Saúdo todos os colegas de painel e todos os que nos estão a ouvir.

Proponho-me começar esta intervenção a partir da abordagem de um dos mitos que povoam o discurso laudatório da integração capitalista europeia, com o qual convivemos desde antes da adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia.

Comparações...

Tenho de constatar que vou adiantado na idade. Ainda sou do tempo em que se falava dos tigres asiáticos como o modelo a seguir por Portugal. Mas depois veio o Tigre Celta, que amansou na crise do SubPrime de 2008 para logo renascer...a que seguiram os tigres bálticos, que ainda não estão fora de moda. Contudo, agora, a estrela é a Roménia.

Sobre a anunciada decisão de encerramento de várias urgências pediátricas

Conforme já se anunciava, a Direcção Executiva do SNS decidiu pelo encerramento de várias urgências pediátricas, na Região de Lisboa e Vale do Tejo, à noite e ao fim de semana. Assim, deixam de funcionar à noite, entre as 21h e as 9h, três urgências pediátricas – Loures, Torres Vedras e S. Francisco Xavier – e ao fim de semana duas urgências pediátricas – Loures e Setúbal (esta de 15 em 15 dias).

«Crescem as injustiças e as desigualdades, mas também cresce a força daqueles que fazem das injustiças forças para lutar»

Uma calorosa saudação a todos vós, que marcaram presença neste comício em que assinalamos o aniversário do nosso Partido.

102 anos de luta, de acção e intervenção sobre a realidade concreta da vida de todos os dias.

Realidade essa que, como sempre, aí está a impor-se, e que a população do Porto bem sente na pele.

Injustiça e desigualdades crescentes, são estas as marcas da realidade.