Camaradas,
Uma saudação às mulheres do meu País, às mulheres do nosso povo, a todas as que cá vivem e trabalham.
Viva o 8 de Março, viva o Dia Internacional da Mulher, este dia de luta da mulher trabalhadora!
Dessa luta histórica com avanços extraordinários, mas com muito ainda por fazer.
No nosso País, a Revolução de Abril trouxe avanços extraordinários.
Foi a acção das mulheres, a sua intervenção e luta, que tomando também nas suas mãos a revolução, impuseram, com o papel decisivo dos comunistas e outros democratas e patriotas, extraordinários avanços no sentido da emancipação da mulher e da igualdade.
Avanços na Lei, avanços na vida, avanços no trabalho, avanços que apesar de mais perto, ainda estão longe de serem realidade na vida de todas.
Há muito por fazer. Há ainda um longo caminho a percorrer, como já foi aqui evidenciado, na luta contra as discriminações, pela igualdade e pela emancipação da mulher.
Esta não é uma luta qualquer, esta é a luta pelos os direitos e pela igualdade, mas também pela democracia.
Não há democracia plena sem a plena emancipação da mulher.
Estas mulheres dão o seu contributo decisivo e fundamental para a construção de um País melhor e mais justo e fazem-no em todas as esferas da vida nacional. Dão um contributo decisivo para a criação da riqueza, para pôr o País a funcionar em todas as áreas e sectores.
Não há nenhum sector relevante da nossa sociedade em que as mulheres não estejam na primeira linha.
Se assim é, não há nada que justifique que não se cumpra na vida de cada uma a igualdade entre homens e mulheres.
A resposta é a diferença entre a teoria e a prática, entre as proclamações e a política de direita que têm marcado o Dia da Mulher.
Essa prática, essas política, essas opções que levam à falta de condições de vida e de trabalho, que empurram para os baixos salários e precariedade, que desregulam os horários de trabalho e levam à dificuldade objectiva de articular, a vida profissional, familiar e pessoal, que nega o direito a decidir quando querem ter filhos e o direito a vê-los crescer. Essa prática que não assegura o direito à habitação, a um Serviço Nacional de Saúde que assegure, designadamente, o acompanhamento das grávidas e o parto hospitalar e que cumpra de facto a Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez.
Não foi por acaso que ressurgiu o questionamento da IVG. O que alguns querem mesmo é retomar o projecto interrompido nas eleições de 2015. O que querem é o retrocesso na condição e estatuto das mulheres e na lei da IVG. Foi o que foi levado a cabo pelo Governo PSD/CDS até aos últimos dias de poder.
Não tivesse sido a luta das mulheres, não tivesse sido o papel determinante da CDU para pôr fora do poder o PSD e o CDS e todos os outros que hoje estão no Chega e na IL, mas que na altura ainda lá estavam, e esse projecto de retrocesso teria ido mesmo para a frente.
Os direitos da mulher não são nem podem ser assegurados pela política de direita, venha ela de onde vier.
A emancipação plena da mulher, a igualdade no trabalho e na vida, é possível, urgente e necessária com a retoma do caminho de Abril, com a política alternativa que a CDU propõe.
Sim, é por aqui que lá vamos e não pela via da proclamação, pela via das chamadas “políticas de igualdade”, essas políticas que até podem ser bem intencionadas, mas que batem no tecto da redução do défice e das contas sempre certas com Bruxelas, mas completamente desacertadas por exemplo, com a necessidade de reforço das estruturas de apoio às vítimas de violência.
Sim, é pela alternativa que propomos que lá vamos e não pela transferência permanente e crescente de dinheiro público que alimenta o negócio privado.
Esse dinheiro público que falta no SNS para promover a saúde sexual e reprodutiva das mulheres ao longo do seu ciclo de vida e para reforçar o acompanhamento às grávidas.
Sim é pela valorização do trabalho e dos trabalhadores que lá vamos, é cumprindo Abril que lá vamos, e cumprir Abril é cumprir a máxima «a trabalho igual, salário igual».
Todos enchem a boca com igualdade, mas são todos, todos responsáveis pela discriminação crescente entre homens e mulheres.
Essas mulheres de fibra, mulheres de força que daqui saudamos.
Mulheres que todos os dias encaram de frente os desafios no trabalho, na vida e na família.
Mulheres que exigem, e contam com a CDU para isso,para a igualdade no trabalho e na vida.
Aqui está a CDU, aqui está a força da Mulher, a força para pôr fim à crescente discriminação salarial entre homens e mulheres.
Aqui está a CDU, aqui está a força das Mulheres, essas mulheres que nos campos, nas fábricas, na saúde, na justiça, na escola, nos cuidados à família e aos mais frágeis, no comércio, na cultura, na ciência, que em todos os sectores da nossa vida põem o país a funcionar e têm direito a serem respeitadas e valorizadas.
Aqui está a CDU, a força das Mulheres para garantir os direitos das crianças e dos pais.
Com a CDU todas as crianças têm direito a crescer e viver longe de todas as formas de violência, particularmente da violência doméstica.
Mulheres que conquistaram todos os seus direitos a pulso.
Esses direitos das mulheres, que são os direitos da sociedade democrática, esse direitos que sem eles, nunca teremos a concretização plena do 25 de Abril.
Aqui está a CDU, a força da Mulher e com quem as mulheres contaram, contam e contarão todos os dias, em todas as situações e em todos os momentos.
E é assim mesmo. Não falamos dos direitos das mulheres e da igualdade no abstracto.
Lutamos, todos os dias, por melhores condições de vida e de trabalho para as mulheres que fazem o País funcionar, mas que vêem as suas vidas a andar cada vez mais para trás.
Com a CDU as mulheres sabem com o que contam. Contam com o fim da precariedade e da desregulação de horários, contam com mais salários e pensões, contam com a rede pública de creches e alargamento do número de vagas, contam com o descongelamento de carreiras, a defesa dos serviços públicos, o direito à habitação.
Com a CDU as mulheres sabem que contam com a força mais determinada na prevenção e combate a todas as formas de violência sobre as mulheres.
Com a CDU as mulheres sabem que este caminho constrói-se garantindo as condições económicas e sociais para decidirem dos seus destinos, incluindo libertar-se de situações de violência.
Com a CDU sabem que contam com o reforço da protecção e apoio às vítimas.
No Domingo, quando cada mulher chegar à cabine de voto, se reflectir sem preconceitos, se pensar por si e para si, se o fizer liberta da operação de condicionamento que a toda a hora nos entra olhos dentro; se o fizer, então o seu voto será para si, o seu voto será para dar força à sua vida e aos seus direitos, o seu voto será e só poderá ser na CDU.
No domingo é hora de optar.
Os que acham que isto vai lá continuando a deixar o País nas mãos dos banqueiros, dos especuladores, dos grupos económicos e das multinacionais, desses que são os responsáveis pela crescente discriminação salarial das mulheres, se considerarem que é por ai que se deve andar, então têm muitos partidos por onde escolher.
Mas quem acha que o caminho são os salários, as reformas, o SNS, a habitação, o fim da precariedade, que o caminho é o da igualdade no trabalho e na vida, então, a única opção que tem na altura de fazer a cruz, é mesmo na CDU.
É esta a única bipolarização que aí está, ou uma política ao serviço de um punhado que se enche à nossa custa, ou uma política ao serviço da maioria, uma política ao serviço da emancipação plena da mulher.
Esta é a opção. E é por isso que dizemos que o voto na CDU é necessário.
O ambiente é muito bom, estamos a crescer e a cada dia que passa mais gente reconhece a necessidade de uma CDU mais forte. É preciso que o bom ambiente se traduza agora em votos.
Vamos para o contacto e para o esclarecimento. O espaço para crescer e alargar é muito e há muita gente que ainda não conhece as nossas propostas. Nos próximos dias ainda são possíveis muitas conversas.
Aos muitos que já votaram alguma vez na CDU, ou que estão a ponderar votar pela primeira vez na CDU, lhes dizemos: não é necessário estarem sempre de acordo connosco para darem força à CDU.
O que é preciso é que reconheçam que não há avanço sem a CDU, que não há política de esquerda sem mais CDU, que não há resposta aos problemas sem mais CDU.
Sabemos que aquilo que nos une - a vida melhor que todos procuramos e temos direito, a igualdade na vida - é bem maior que aquilo que eventualmente nos separa.
Como diz a nossa Juventude CDU, nestas eleições “vamos semear em Março para colher Abril”.
E é o que estamos a fazer, a semear também hoje, neste 8 de Março para colher nesse Abril de 50 anos, nesse Abril dessa madrugada limpa, nesse Abril da emancipação da mulher, esse Abril que é preciso ser retomado.
Contem sempre com a CDU, a força de Abril, força da igualdade e da emancipação da mulher.
Confiança nos trabalhadores, confiança no nosso povo porque hoje, como sempre, é o povo quem mais ordena.
Viva o dia internacional da Mulher!
Viva a CDU!