Senhor António Costa, as conclusões da sua primeira reunião como Presidente do Conselho são motivo de preocupação. Quem criou expectativas com a sua eleição estará hoje, certamente desiludido, verificando que, afinal de contas, nada mudou nas políticas da União Europeia.
As preocupações com as desigualdades sociais têm apenas lugar de nota de rodapé.
As conclusões do Conselho, e a sua intervenção hoje neste debate, insistem no militarismo, na guerra, na indústria do armamento, no desvio de recursos orçamentais para a produção de armas e de munições.
Nada disso serve aos povos, nada disso corresponde às necessidades e às prioridades dos povos e nada disso contribui para construir um futuro melhor.
E por isso, o desafio que lhe deixamos, é claro ponha nas prioridades da sua agenda o aumento de salários e de pensões, o direito a uma habitação digna e acessível para todos, o investimento público nos serviços para garantir a saúde, a educação, a cultura, a protecção social.
Ponha na sua agenda a prioridade do travão o aumento do custo de vida e da construção da paz, em vez da insistência na guerra.
Se fizer essas opções e colocar essas prioridades na sua agenda, certamente poderá corresponder efectivamente às necessidades e às prioridades dos povos da União Europeia.