Não é possível defender o direito à habitação e, ao mesmo tempo, aceitar as restrições orçamentais e as políticas neoliberais que aprofundam a especulação imobiliária.
O debate sobre o Orçamento do Estado em Portugal está mais uma vez a revelar essa contradição. A aceitação das regras da Governação Económico e das suas restrições orçamentais são incompatíveis com o investimento público que é necessário para dar resposta ao problema da habitação.
A questão que se coloca é a de saber de que lado está cada deputado. Do lado das restrições orçamentais impostas pela União Europeia e dos lucros da banca e da especulação ou do lado do investimento público na habitação?