Camaradas e amigos,
Caros convidados,
Sras. e Srs. Jornalistas,
Avançar é preciso!
Há muito caminho a fazer para assegurar o desenvolvimento do País com uma política soberana que sirva os interesses dos trabalhadores e do povo, os seus direitos e a melhoria das suas condições de vida, o combate às desigualdades e injustiças sociais.
Um caminho de ruptura com a política de direita e de concretização de uma política alternativa, patriótica e de esquerda que dê resposta aos graves problemas nacionais que persistem.
É esse o caminho que apontamos com as soluções que propomos para Portugal e é a esse caminho que a luta dos trabalhadores e do povo dá força.
Os últimos três anos e meio comprovam que a conjugação da luta dos trabalhadores e das populações com a acção decisiva do PCP torna possível alcançar aquilo que se dizia ser impossível.
Em cada direito reposto, em cada avanço alcançado, em cada medida que corresponde aos anseios e aspirações populares está essa marca da luta e da acção do PCP.
Sem isso nada teria sido possível e só isso permitiu alcançar o que se alcançou nestes anos mas o caminho está longe de estar concluído.
Muitos problemas ficaram sem resposta, outros tiveram apenas resposta parcial e outros ainda têm tido solução prometida mas adiada na sua concretização.
As opções da política de direita executada por sucessivos governos PS, PSD e CDS continuam a marcar não apenas os graves problemas estruturais que pesam na realidade nacional mas também a convergência entre PS, PSD e CDS na recusa das soluções de uma política alternativa.
Em todas as medidas positivas que ficaram pelo caminho ou foram recusadas, em todos os problemas que ficaram sem resposta encontramos essa já velha convergência PS, PSD e CDS.
O caminho para a resolução dos graves problemas nacionais não está nessas convergências velhas em torno da política de direita, está na política alternativa patriótica e de esquerda, na luta dos trabalhadores e do povo e no reforço do PCP e da CDU.
Essa é uma das maiores lições que os últimos anos confirmaram nas inúmeras medidas de reposição de direitos e rendimentos que foi possível fazer aprovar.
E se há quem pense em fechar para balanço, dando o trabalho por concluído e tratando apenas de preparar eleições, que se desengane. O PCP não desperdiçará nenhuma oportunidade para levar mais longe a resposta aos problemas dos trabalhadores e do povo e intervirá até ao último dia da Legislatura para que essa resposta seja tão ampla e profunda quanto a actual correlação de forças o permite.
E é com essa determinação que aqui estamos no distrito de Braga a realizar estas jornadas parlamentares conjuntas com os deputados do PCP ao Parlamento Europeu.
Na indústria, na agricultura ou nas pescas o distrito de Braga reflecte a destruição a que a política de direita sujeitou os nossos sectores produtivos nos últimos quarenta anos. Mas apresenta também exemplos das potencialidades que existem e que é necessário aproveitar para assegurar o desenvolvimento nacional com uma política soberana que apoie a produção nacional para satisfazer as necessidades do País e romper com a dependência externa, uma política capaz de assegurar o crescimento económico e o emprego com direitos para que a criação de riqueza seja acompanhada da sua mais justa distribuição.
Uma política que reconheça a importância dos direitos sociais como elemento indispensável ao desenvolvimento de qualquer sociedade.
Por isso o programa destas jornadas parlamentares integra um conjunto alargado de contactos com organizações representativas dos trabalhadores, agricultores, pescadores, utentes dos serviços públicos, serviços de saúde. Reuniremos com artesãos, investigadores científicos, reformados e pensionistas. Visitaremos pequenas empresas, instituições sociais, unidades produtivas e também o Parque Nacional da Peneda-Gerês, depois de termos já iniciado o trabalho com uma visita ao Mosteiro de Tibães, património hoje recuperado graças também à intervenção decidida e persistente do PCP.
Bom trabalho a todos!