A União Bancária tem vários objectivos, mais ou menos explícitos. O mais explícito é, evidentemente preservar a unidade e integridade do mercado único dos serviços financeiros - espaço que desenvolve e reproduz naturalmente as desigualdades entre os países - e também salvar o euro. Salvar, portanto, todos os condicionalismos adjacentes impostos aos povos com as consequências que conhecemos.
O segundo objectivo é reforçar o papel do BCE, portanto reforçar este instrumento de domínio e especulação financeira, retirando o sector regulador da alçada dos Estados que estão sujeitos ao controlo e escrutínio público e democrático.
O terceiro grande objectivo é promover os monopólios financeiros através da concentração dos depósitos, salvando alguns bancos e aniquilando outros - como a situação em Chipre tão bem e tristemente ilustra - pois entre capitalistas, em tempos de crise, também há quem ganhe e quem tenha que perder.
Tudo isto nada tem que ver com o interesse dos povos e dos trabalhadores.