Senhora Presidente,
«Tanques em vez de carros»: é este o slogan que faz retumbar os tambores da guerra na Alemanha e na União Europeia.
Transformar fábricas automóveis em fábricas de armamento é o que aponta o plano de reconversão de fábricas da maior empresa de armamento da Alemanha.
Para as multinacionais, há apoios e planos multimilionários, como o Rearmar a Europa; para os trabalhadores, há despedimentos, formação e requalificação profissional, subsídios.
Às classes exploradoras, servem-se privilégios em bandejas de prata; aos trabalhadores, à classe trabalhadora, servem-se balas e paliativos.
As prioridades e opções políticas têm de ser outras, e também os trabalhadores do setor automóvel em Portugal precisam de outra resposta.
Garantir os postos de trabalho e defender e aprofundar os direitos dos trabalhadores, reforçar e desenvolver a capacidade de produção industrial, orientar a política económica e a produção industrial em função da satisfação de necessidades sociais e do desenvolvimento nacional, em vez dos lucros das multinacionais, combinar a produção industrial, a política de mobilidade e transportes e a proteção ambiental, promovendo a melhoria dos transportes públicos.
Essas são algumas das referências para uma política alternativa pela qual continuamos a lutar.