Os factos confirmam o despropósito do agendamento deste debate.
Segundo diversas entidades, as eleições gerais em Moçambique decorreram, em geral, de forma calma e pacífica.
Os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições estão a ser sujeitos à validação e promulgação pelo Conselho Constitucional.
Apesar disso, um dos candidatos derrotados autoproclamou-se vencedor, apelou ao confronto e à paralisação da actividade económica no país, rejeitando os apelos ao diálogo e ao recurso às instâncias próprias para contestar os resultados.
Os sequentes actos de violência provocaram dezenas de mortes e centenas de feridos, assim como vandalismo, destruição e saque de bens públicos e privados, ataques e ameaças a cidadãos.
Associamo-nos à ampla condenação destes injustificáveis actos expressa por parte das autoridades, forças políticas e sociedade moçambicana, assim como aos apelos ao diálogo no respeito do normal funcionamento das instituições democráticas moçambicanas.
Solidarizamo-nos com o povo moçambicano, instando ao respeito pela soberania e independência da República de Moçambique, rejeitando quaisquer ingerências externas nas decisões que só ao povo moçambicano e às suas instituições democráticas cabe tomar.