Num momento em que a oposição venezuelana está envolvida num processo de diálogo com o Governo, promovido pela UNASUL e em que o Conselho Permanente da OEA, com o apoio da direita de vários países, aprovou uma declaração em que suporta aquela iniciativa e valoriza o esforço de diálogo entre as partes, no quadro do respeito pela soberania da Venezuela, a maioria de direita e a social-democracia no Parlamento Europeu insiste em votar uma resolução que contraria em absoluto o esforço de diálogo que estas e outras estruturas regionais (ALBA, AEC) estão a promover e a valorizar, e que hoje mesmo, Federica Mogherini subscreveu e apoiou.
Uma resolução que embaraça e compromete as próprias relações institucionais entre as instituições europeias e aquelas Estruturas Regionais da América Latina, bem como com a Republica da Venezuela, uma vez que avança com um conjunto de “propostas” que mais não são do que um encapotado apoio e envolvimento directo numa intervenção externa naquele País desejada pelos sectores mais reaccionários e radicais.
Reafirmamos que cabe única e exclusivamente aos venezuelanos resolver os seus assuntos internos dentro do quadro constitucional e legal de um País soberano que há quase duas décadas é um exemplo no plano do funcionamento democrático das suas instituições e da democracia participativa.