Sobre a situação na República Democrática no Congo

É a terceira resolução do Parlamento Europeu num ano, sobre a situação na República Democrática do Congo. Levantam-se um conjunto de preocupações, motivadas pelos interesses da UE, e em particular da Bélgica, ex-colonizador daquele país, e que pretendem justificar acções de interferência e ingerência sobre um país soberano. Nada de novo, é a prática habitual da maioria do Parlamento Europeu, que legitima acções de ingerência, desestabilização e intervenção externas com vista ao controlo de recursos e regiões.
Defende-se a prática de sanções. Criticam-se órgãos de soberania, ao mesmo tempo que apoia o patrocínio de organizações e movimentos que supostamente pugnam pela democracia. Sabemos bem os fins e as práticas por detrás destas a organizações pretensamente independentes, financiadas para promover a desestabilização interna. Valoriza a renovação da polémica missão MONUSCO, uma presença da ONU que deve ser valorizada, mas sem impunidade, sendo necessário garantir os devidos escrutínios. Condenável, pelo contrário o papel militarista e intervencionista da NATO e do reforço da sua presença militar através do comando militar dos EUA AFRICOM. Sobre o papel das multinacionais e o seu papel no financiamento de grupos armados, nem uma palavra de condenação.
Um ataque desmesurado a um país soberano, a cujo povo, e só a ele, compete decidir dos seus destinos.
Votámos contra.

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