Há um conjunto de factos que esta resolução escamoteia com o objectivo de branquear as responsabilidades dos EUA e da Grã-Bretanha na situação que se vive no Iraque, procurando garantir a continuação da sua impunidade. Em primeiro lugar a agressão e a ocupação do Iraque invocando a existência de armas de destruição missiva - uma declarada mentira tanto mais hipócrita quando os próprios invasores utilizaram armas desse mesmo tipo contra os iraquianos,  como no caso de Falluja, vitimando muitos milhares de inocentes e deixando uma pesada herança para muitas gerações. Em segundo lugar o desmantelamento do Iraque que as forças ocupantes iniciaram, com a promoção da violência generalizada, do integrismo e sectarismo religiosos, do acirrar de divisões étnicas como manobra de diversão perante a brutal degradação das condições de trabalho e de vida no país que detém a 5ª maior reserva mundial de petróleo. Em terceiro lugar, as forças que ocupam várias cidades do norte do Iraque deslocam-se da Síria onde serviram os interesses dos EUA e das potências da UE na desestabilização do país, rumando agora para outras paragens mas com um mesmo objectivo: servir os propósitos de desenhar o mapa do Grande Médio Oriente que os EUA querem impor aos povos da região.