A maioria deste Parlamento Europeu - a direita e a social-democracia - reforça a continuidade da Política Europeia de Vizinhança, prosseguindo a sua natureza central, o expansionismo económico da UE, agravando os conflitos e tensões das suas fronteiras.
O relatório apela ao reforço financeiro de um instrumento que promove a militarização e securitização das fronteiras por via das Política Externa e de Segurança Comum e Política de Segurança e de Defesa Comum, a qual fomenta a submissão dos países vizinhos das políticas neoliberais da UE visando a imposição de reformas políticas, sociais, económicas e culturais. Uma política que privilegia a criação de zonas de livre comércio, que ataca os direitos humanos ao mesmo tempo que hipocritamente os defende e apresenta a União Europeia como um exemplo na sua aplicação e defesa; que promove uma política externa da UE que não reconhecemos; que promove a postura discriminatória e elitista da sua política de migração, reforçando instrumentos como o FRONTEX e a EUROPOL; que hostiliza, nomeadamente a Rússia, tendo por base as políticas energéticas que estão em curso.

Todas estas, entre muitas outras, são razões de sobra para votarmos contra.