Há um provérbio português que diz o seguinte "A quem quer mal ao vizinho, o seu vem pelo caminho". Ou seja, quando fazemos mal aos vizinhos, sofremos consequências. E, de facto, a UE não pode ser considerada uma vizinha desejável para ninguém.
Como seria de esperar, este relatório defende o reforço da associação entre a política de vizinhança da UE e a política Externa e de Segurança Comum e da Política de Segurança e de Defesa Comum. A perspectiva desta política é cada vez mais a intervenção militar, curiosamente, em "nome de um papel mais activo na resolução pacífica dos conflitos em curso". O que não pode deixar de ter a sua piada, não fosse a própria intervenção militar da UE - e as intervenções ingerencistas da UE - a própria causa de tantos conflitos em curso.