O PCP reafirma a necessidade de realizar todos os esforços no sentido da paz, contra a escalada da guerra, e é esse o papel que Portugal e as suas instituições devem assumir.
A intervenção do Presidente da Ucrânia confirmou-se como um acto de instrumentalização da Assembleia da República para a animar a escalada da guerra, para animar a confrontação, bem visível no conjunto de apelos ao armamento, a mais sanções, quando aquilo que é necessário é uma solução de diálogo, é uma solução para pôr fim à guerra, para a paz, uma solução negociada e que trave esta guerra o mais rapidamente possível.
A Revolução de Abril foi feita para pôr fim ao fascismo e à guerra.
É um insulto esta declaração que faz referência ao 25 de Abril, porque o 25 de Abril em Portugal foi feito para libertar os antifascistas.
Na Ucrânia estão a ser presos.
Como o poder da Ucrânia está a agredir o seu próprio povo.
Há mais de 100 anos que o PCP luta pela paz.
Luta de uma forma coerente contra a guerra.
Estas são as questões fundamentais.
E estamos todos com todos aqueles que estão com a luta pela paz.
Há outros partidos que tomaram posições diferentes.
Uns porque ainda não perceberam o que está em causa, outros porque apoiam deliberadamente esta guerra.
Há um conjunto de aspectos que deviam ter sido esclarecidos na intervenção do Presidente da Ucrânia e não foram.
Por exemplo, onde estão os jovens comunistas ucranianos que foram presos, se tencionam continuar a perseguir comunistas, antifascistas e democratas ucranianos.
Se tenciona continuar um caminho de ilegalização ou de banir um conjunto de partidos políticos na Ucrânia.
Se tenciona manter-se associado aos massacres em particular ao massacre de Odessa em que foram queimadas vivas dezenas de pessoas, em 2014.
Aquilo que importa para o PCP, por muitas pressões que sejam feitas, o PCP defende a paz, e esse é o caminho que seguimos.
Na luta pela paz na Europa e no mundo, na construção de uma solução de segurança comum, para os povos da Europa e para os povos do mundo.