As parcerias público-privadas representam hoje para muitos países simultaneamente um sintoma deste modelo de integração capitalista e uma causa da actual crise.
Este modelo de integração europeia, com a moeda única e todos os constrangimentos orçamentais deixa os estados sem margem para poder realizar os investimentos públicos necessários ao desenvolvimento. Estes passam a estar na dependência das grandes empresas não só ao nível das grandes infraestruturas de transporte, mas igualmente em domínio fundamentais como a saúde a energia ou a educação.
Poderia citar muitos exemplos de personalidades políticas que passam do governo para os concelhos de administração de grandes grupos económicos com os quais o estado mantém PPPs absolutamente ruinosas para os cidadãos.
Em Portugal, a despesa com PPPs crescem exponencialmente ao contrário de todas as despesas sociais. Ou seja, a austeridade é apenas para alguns e não para os grandes grupos económicos que beneficiam cada vez mais das rendas públicas.
O que é necessário é proteger a Europa contra a abertura que é proposta pelo TTIP. Trata-se de combater e não alargar a vigência de um instrumento que se tornou um cancro para a nossa democracia.