O presente relatório confirma a posição de confronto que a UE, subserviente aos interesses geoestratégicos da NATO e dos EUA, tem vindo a aprofundar para com a Rússia. Nele está consagrada a ruptura de relações entre a UE e a Rússia, e uma abordagem da situação da Crimeia perfeitamente descontextualizada do conflito existente na Ucrânia, onde a extrema-direita tomou de assalto o poder num golpe de Estado legitimado pela UE. Tudo enquadrado na política de cerco e na ofensiva belicista que a NATO e os EUA têm vindo a por em prática.
Este relatório torna evidente que, entre outros aspectos, o que está na base do conflito com a Rússia se prende com uma guerra económica por disputa de zonas de influência, que passa por cima do direito soberano de cada povo decidir o seu destino, livre de ingerências.
Merece referência a questão da dependência energética da UE, buscando-se justificações para prosseguir a política europeia de segurança energética, que entre outras coisas, prevê a transferência da dependência no plano energético para os EUA. Assim como os inaceitáveis instrumentos de ingerência, de que é singelo exemplo o apoio expresso às supostas "ONG" que a UE financia, e que actuando dentro da Rússia, são elementos de mera desestabilização política.
Votámos contra.