O relatório aborda a evolução tecnológica da condução autónoma nos transportes. Centrada sobretudo na rodovia, tece considerações também na ferrovia, aeronáutica e transporte marítimo e fluvial. Faz um retrato da situação actual e os desafios que se colocam no futuro.
O relatório centra a sua reflexão na consolidação do mercado único, num papel central e fiscalizador da Comissão, na criação de um conjunto diversificado e harmonizado de regulamentos para dar resposta a problemáticas diversas, privilegiando o desenvolvimento do sector em prol da indústria e não das necessidades das populações, limitando o papel dos Estados-Membros na definição e controlo da regulamentação. Cede à indústria na responsabilização em situações de acidentes decorrentes da crescente autonomização da condução. A resposta à gestão e protecção de dados, que como reconhece terá um aumento massivo, é insuficiente e não salvaguarda os interesses das populações, cujos dados se pretendem centralizados e geridos não pelos Estados mas em estruturas supranacionais.
Não abre para a possibilidade de recuperação do controlo público dos transportes ou das necessidades do investimento nos transportes públicos como estratégia fundamental à resolução dos problemas de mobilidade. Negligencia aspectos relacionados com as relações laborais no sector e apela à criação de uma PPP na UE para os transportes autónomos.
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