Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Sobre a cláusula de defesa mútua

Foi sem surpresa que a direita e a social-democracia discorreram na habitual verborreia federalista de consumar respostas supranacionais na luta contra o terrorismo. Um caminho que procura acelerar a criação de um quadro político e institucional que oriente e agilize a aplicação da referida cláusula, sinalizando a "oportunidade única para estabelecer as bases de uma União Europeia de Defesa”, retomando a ideia da necessidade da existência de forças militares europeias, "em estreita cooperação com as estruturas pertinentes" da NATO.

Das razões, origens e patrocínio do terrorismo e suas organizações, das acções de agressão e ingerência atentatórias de países soberanos promovidas pela UE, EUA e NATO, nem uma palavra. Este proclamado combate ao terrorismo e a postura de agressão e ingerência tem alimentado o crescimento de forças racistas, xenófobas e fascistas e a sua acção de terror.

Afirmamos a imperativa necessidade de combater o terrorismo por via do desenvolvimento de uma verdadeira política de paz, assente no termo da escalada de agressão, nomeadamente no Médio Oriente, e na defesa e afirmação efectiva dos valores da liberdade, da democracia, do respeito pela soberania e independência dos estados e dos povos.

Votámos contra.

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