A UE vem diversificando a tipologia dos acordos estabelecidos nesta região. No caso do Quirguistão enunciam-se como objectivos o reforço e aprofundamento da cooperação em áreas de interesse mútuo baseadas em valores partilhados como a democracia, o Estado de Direito e a boa governação.
Tal como noutros acordos, o verdadeiro objectivo da UE é aprofundar o condicionamento e interferência na situação política interna de um país soberano tendo em função dos interesses estratégicos da UE. Por forma, como é dito, a tornar a UE mais visível e mais eficaz no país e na região.
Consolida a sobreposição dos interesses políticos, económicos e comerciais aos tão propalados valores fundamentais da UE, nomeadamente a defesa de direitos humanos, da democracia, do Estado de Direito entre outros.
O desenvolvimento de acordos deste tipo integra-se ainda numa estratégia de competição e de cerco político, económico e comercial a países como a Federação Russa e a China.
As preocupações com a deterioração da situação no país decorrente da radicalização islâmica que tem também como consequência o regresso ou entrada de combatentes islâmicos é hipócrita atendendo às responsabilidades que a UE e a NATO têm tido na desestabilização e agressão de diversos países como o mencionado Afeganistão.
Votámos contra.