Na União Europeia e na Zona Euro a crise não tem ainda um fim à vista.
A perspectiva é que se possa arrastar por muito tempo, havendo mesmo quem fale de uma “estagnação secular”.
Desemprego e pobreza persistentemente elevados e estruturais. Desigualdades crescentes.
É com este pano de fundo que assistimos a novas e reiteradas tentativas de chantagem política e de asfixia financeira para dobrar a vontade do povo grego. Mas não apenas dos gregos: em geral, de todos os que ousem levantar-se contra a exploração, o desemprego e a fome; pela democracia e a soberania nacional; pelo progresso e a justiça social.
O que Merkel, Hollande, Juncker, Draghi e Lagarde julgam ser uma demonstração de força não é senão um sinal da sua imensa fraqueza.
Está cada vez mais claro aos olhos dos povos a incompatibilidade radical entre as regras da União Económica e Monetária e qualquer projecto de desenvolvimento soberano, capaz de romper com o retrocesso de dimensão civilizacional em que vários povos foram enredados.
A opção é clara: ou a ruptura ou o retrocesso.