Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

A situação na Síria

Seria bom se o mais recente acordo de cessar-fogo na Síria representasse o fim da mortífera guerra que leva já cinco anos.

Mas são frágeis as bases que sustentam este acordo.

Dos EUA chegam notícias de uma aliança de falcões, defendendo uma escalada militar contra o governo sírio e a Rússia, fazendo chegar mais armas ao terreno.

Sejamos claros: este cessar-fogo resulta da situação dramática em que estão os bandos terroristas no terreno, fruto da colaboração militar do governo sírio com os seus aliados russos, iranianos e do Hezbollah. Terroristas, é bom lembrá-lo, a soldo dos EUA e dos seus aliados. Uma espécie de “Legião Estrangeira Americana” como alguém já sugeriu.

Quanto às vagas de refugiados que todos os dias chegam à Europa, elas são como pedras atiradas à cara da União Europeia, a recordar-lhe as suas próprias responsabilidades na operação de desestabilização, ingerência e guerra levada a cabo na Síria.

Para além da vergonha que foi a cimeira de ontem, ao ouvi-la hoje aqui a falar de coisas que apenas ao povo sírio cabe decidir tememos, Sra. Vice-Presidente, que nada se tenha aprendido com tudo isto.

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