Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Situação do pagamento no orçamento da UE atendendo ao nível sem precedentes de autorizações pendentes da UE

O que nasce torto tarde ou nunca se endireita! Uma máxima que se pode vir a aplicar como uma luva ao Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020.

As eloquentes declarações sobre o crescimento e o emprego que muitos aqui fazem, da direita à social-democracia, chocam inapelavelmente com a indigência de orçamento que aprovaram.

Mas nem mesmo esse orçamento indigente é cumprido, como devia.

São mais de 23 mil milhões de euros que estão em falta!

Dinheiro que é devido aos Estados-Membros, nomeadamente na área da coesão, e cuja falta leva à suspensão de vários programas em curso.

Os mesmos que se mostram inclementes a extorquir aos países da periferia juros de uma dívida em grande parte ilegítima, não pagam o que devem para o orçamento!

É cada vez mais evidente a necessidade de uma revisão, tão cedo quanto possível, do actual Quadro Financeiro, com a adequada e devida alocação de recursos ao orçamento – sem o que a coesão, o crescimento e outros chavões não passarão de isso mesmo: chavões, próprios para desfiar em discursos pios e vazios cada vez mais distantes da realidade.

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