Trata-se de um extenso documento sobre os direitos fundamentais da UE em 2012, e deplora várias violações desses direitos, como as operações da CIA, os programas NSA- prisma, os ataques e discriminação contra os ciganos , os imigrantes , requerentes de asilo, entre outras preocupações oportunas.
Contudo, é ensurdecedor o silêncio quanto aos direitos fundamentais violados pela aplicação dos memorandos e das intervenções da troika (BCE, CE e FMI) em países como Portugal que vêem violados os direitos dos trabalhadores e pensionistas, nos seus salários e pensões, na destruição de serviços públicos, nomeadamente na saúde (sendo negado a milhares de pessoas o acesso a tratamentos fundamentais à sua sobrevivência, causando a sua morte prematura) e educação, aprofundando as desigualdades e as injustiças sociais.
A Carta dos Direitos Fundamentais da UE, referida em vários momentos, é para alguns países o garante mínimo em matéria de direitos, contudo, para outros países como Portugal significa um recuo relativamente a direitos sociais, laborais, entre outros, consagrados na nossa Constituição da República.