Agravam-se as condições de vida dos trabalhadores e da generalidade da população. Os salários são atacados. A par da redução dos salários reais, ocorre uma redução do valor real das pensões e reformas, havendo uma significativa perda do poder de compra dos trabalhadores, dos reformados, pensionistas e da generalidade das famílias. Os serviços públicos, alvo de um subfinanciamento crónico, de anos, são igualmente atacados. Aumentam as desigualdades sociais. Os grupos económicos e financeiros – na energia, na banca, nas telecomunicações, na grande distribuição e noutros setores – ostentam lucros colossais e crescentes, obtidos à custa dos sacrifícios de quem trabalha. A guerra e as sanções são aproveitadas para acelerar o processo de concentração e centralização de capital.
Neste contexto, a força dos trabalhadores será decisiva para a sua própria valorização, para o aumento dos seus salários e para o reforço e garantia dos seus direitos, nomeadamente através da negociação coletiva. Só assim se garantirá uma distribuição mais justa da riqueza.
Mais força aos trabalhadores será um fator decisivo também para investir nas funções sociais dos Estados e garantir o acesso de todos a serviços públicos de qualidade, a serviços nacionais de saúde universais e gratuitos, a educação pública gratuita e de qualidade e a sistemas públicos de segurança social.
Perante a intensificação da exploração, é imperativo que os trabalhadores, os seus salários e direitos e a melhoria das condições de vida e de trabalho sejam colocados no centro das prioridades da ação política: uma urgência a que urge responder.