As perspectivas de crescimento para 2016 representam o ponto de partida de um processo com o qual nos opomos firmemente. O semestre europeu e a governação económica estão no centro de uma estratégia de domínio neoliberal das políticas orçamentais dos estados nacionais. As orientações constantes no relatório que deverão ser respeitadas pelos governos, insistem na mesma receita que semeou a pobreza e o desemprego em toda a Europa, impedindo na prática qualquer estratégias alternativa de fazer face à crise, com políticas de estímulo ao crescimento baseadas em investimento público é um aumento da procura agregada. Não há manobras de cosmética, sejam elas do ponto de vista social ou passando pelo maior envolvimento desta assembleia que apague o carácter profundamente antidemocrático da União Económica e Monetária que impõe à revelia do interesse das populações e dos trabalhadores as suas políticas neoliberais de concentração da riqueza. Continuamos convictos de que só o fim da UEM e do euro poderá abrir caminho a políticas alternativas de desenvolvimento centradas no bem-estar das pessoas e não na acumulação de lucros.