Em 24 de Abril de 2013, 1134 pessoas morreram e centenas de pessoas ficaram feridas no desmoronamento do edifício Rana Plaza, em Savar, no Bangladeche. Mais tarde, 112 pessoas perderam a vida no incêndio ocorrido na fábrica Tazreen, no distrito de Ashulia, em Daca, Bangladeche e em 24 de Novembro de 2012, mais 289 pessoas perderam a vida num incêndio em Karachi, Paquistão, em Setembro de 2012. São exemplos gritantes de uma lista mais extensa.
Esta é uma mostra pungente do que é capaz o capitalismo mais selvagem. A indústria de confecções do Bangladeche se desenvolveu no espaço de apenas algumas décadas e se transformou na segunda maior a nível mundial, graças às grandes cadeias multinacionais que viram ali uma forma de aumentar a exploração da força de trabalho e aumentar os seus lucros.
Com efeito, não é por acaso que o Bangladeche beneficia de acesso ao mercado da UE com isenção de direitos e de contingentes UE para todos os seus produtos incluídos na iniciativa «Tudo menos armas», que abrange 55 % das exportações do Bangladeche, em grande parte têxteis/vestuário.