Esta resolução é mais um episódio no inadmissível processo de ingerência da maioria do Parlamento Europeu na profundamente instável situação interna da Ucrânia. Todos os argumentos são válidos para legitimarem e credibilizarem as forças neonazis e fascistas que tomaram o poder através do golpe de Estado na Ucrânia.
Os que ontem aplaudiam entusiasticamente a manipulação da luta do povo ucraniano, são os mesmos que agora, perante as reivindicações do mesmo povo, as consideram como actos subversivos e de terrorismo, apoiando as ameaças de uso da força que apelidam de “direito de auto-defesa” pela parte do auto-propalado governo.
Escondem com esta resolução as responsabilidades da UE, dos EUA e da NATO na situação de quase guerra civil para que estão a empurrar a Ucrânia. Escondem a sua cumplicidade com os ataques e actos de intimidação contra o Partido Comunista da Ucrânia e a tentativa de ilegalizá-lo. Nada pode apagar que o objectivo do imperialismo é intensificar o cerco e as provocações militares da NATO à Rússia, manobra que está já a ser aproveitada por vários outros membros da NATO para reivindicar uma maior presença militar desta organização nos respectivos países.