O relatório reafirma a apologia pelo projecto da União Bancária cujo principal objectivo é promover a concentração e centralização de capital na zona euro e em toda a UE pela via de encerramentos, fusões e aquisições de bancos que apenas favorecerão os gigantes do sector bancário na UE.
Não foi por falta de mecanismo de supervisão e falta de transparência que o desemprego aumento na zona Euro, que a média da dívida pública aumentou para 92,7%, que o volume global de todos os instrumentos no mercado monetário sofreu uma redução de 14%. A contracção dos mercados e do poder de consumo foram sim provocados pela perda de poder de compra dos salários e pela sua substituição por crédito, a crise que vivemos resultou da contradição entre a sobreprodução e sobreacumulação dos meios de produção.
Embora a relatora faça uma breve referência ao facto do BCE pertencer a uma troika e convidar o BCE a "proceder a uma autoavaliação crítica de todos os aspectos da sua actividade, nomeadamente do impacto dos programas de ajustamento que ajudou a delinear", esquece o seu papel de embaratecer o refinanciamento do grande capital, promovendo a dependência dos Estados do seu financiamento face aos grandes grupos económicos financeiros europeus. Votámos contra, claro.