A maioria do PE recorre à mais despudorada manipulação da realidade venezuelana, apresentando actos golpistas como “manifestações pacíficas”, os intentos de desestabilização e os seus promotores e participantes de extrema-direita e fascistas como “activistas pacíficos” e “oposição democrática” e os actos de violência e assassinatos por eles perpetrados como responsabilidade das autoridades do país, assim demonstrando a sua cumplicidade e concertação com os promotores do golpe de Estado e os seus apoiantes, particularmente a partir dos EUA. Procuram apresentar os actos de violência golpista da oposição oligárquica – a mesma que monopolizou durantes dezenas de anos o usufruto dos recursos naturais do país e os entregou de mão beijada ao imperialismo -, o seu ataque aos direitos democráticos dos venezuelanos e ao exercício da sua soberania como o “exercício dos direitos fundamentais”. A maioria do PE promove a ingerência nos assuntos internos da Venezuela, colocando-se do lado da oposição golpista – derrotada no golpe de Estado de 2002 e sucessivamente derrotada em eleições, apesar do recurso recorrente à desestabilização e à violação do apoio do povo ao processo bolivariano. A hipocrisia da direita e social-democracia do PE chega ao ponto de apresentar a mentira e a manipulação mediática grosseira – incluindo o recurso a montagens e a fotografias efectuadas da repressão em países como o Egipto, a Síria ou actos de violência da própria oposição que são difundidos pelas grandes agências de propaganda do imperialismo – como “liberdade de imprensa”.