Declaração de voto de João Ferreira no Parlamento Europeu

Resolução conjunta sobre a Resposta da UE ao surto Ébola

Desde o primeiro caso reportado este ano, morreram cerca de 2460 pessoas de febre hemorrágica; 4700 estão infectadas.
Se a epidemia não for travada, só na Libéria cerca de 2000 crianças ficarão órfãs. Nos países mais afectados o número de casos cresceu mais do que em qualquer outro surto deste tipo. Não há camas suficientes para acolher os doentes. Há casos de pessoas infectadas que são enviadas para casa, por falta de meios hospitalares, infectando outros familiares. A falta de informação leva a que 40% dos infectados que superam a doença sejam vítimas do estigma e da discriminação, sendo impedidos de voltar à vida normal.
Estamos perante um surto sem precedentes, com consequências que vão além dos mortos e doentes, a que urge dar resposta. A necessidade de financiamento para responder ao surto cresceu mais de 10 vezes no último mês. As vítimas duplicaram.
A ajuda de que se fala nesta resolução nada tem de altruísta ou solidária. É um resguardo das maiores potências contra este tipo de doença.
A resolução congratula-se com a ajuda monetária dada pela UE – que vem diminuindo desde 2011. Congratula-se com o envio de tropas para o terreno.
Estes países precisam de médicos, unidades de tratamento, camas de hospitais e equipamento médico. Não de militares.

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