O relatório reflecte sobre os números do desemprego que têm acometido a União Europeia, no contexto da dita crise financeira, focando-se principalmente no desemprego dos jovens - o desemprego na UE era em 2014 de 9,9%, sendo o desemprego jovem de 21,4%. Propõe, assim, uma série de definições políticas em termos de competências para combater o desemprego dos jovens.
O relatório tem algumas concepções positivas, focando-se no aumento das qualificações, na crítica às políticas educativas que visam o aumento dos custos de frequência, pedindo uma utilização mais eficaz de financiamentos, a valorização das economias locais e do saber-fazer tradicional como opção de empregabilidade, a afirmação de uma educação holística (contra a tendência de especialização), a não exploração de estagiários, a igualdade de oportunidades para pessoas de grupos desfavorecidos.
No entanto, existem algumas considerações que enevoam o relatório, destacando-se principalmente a tendência de adaptar os currículos, os programas e a oferta educativa/formativa às necessidades do mercado de trabalho. Por outro lado, a valorização do empreendedorismo e a inclusão do empreendedorismo nos programas escolares também são questões que merecem oposição. Finalmente, a afirmação da mobilidade como resposta aos problemas do desemprego jovem é uma questão negativa do relatório.